Quando escrevo
não sei onde chegar.
Percebo o ponto
ao ultrapassa-lo.
O excesso me equilibra.
Reflito-me nos
espaços vazios
entre os poemas.
Nunca nos versos.
Invejo a ausência,
somente o vazio não tem um dono.
O resto é criação de alguém.
Incansável,
procuro pelas palavras
que me inventaram.
Sou órfão de letras.
Desconfio da expressão correta,
do poema exato.
A escrita engana,
inexiste palavra verdadeira.
Como encontrar uma copia fiel?
Como imitar com perfeição?
Tudo que escrevemos e falamos
é imitação.
Só o silêncio é original.
(Fernando Palma)
não sei onde chegar.
Percebo o ponto
ao ultrapassa-lo.
O excesso me equilibra.
Reflito-me nos
espaços vazios
entre os poemas.
Nunca nos versos.
Invejo a ausência,
somente o vazio não tem um dono.
O resto é criação de alguém.
Incansável,
procuro pelas palavras
que me inventaram.
Sou órfão de letras.
Desconfio da expressão correta,
do poema exato.
A escrita engana,
inexiste palavra verdadeira.
Como encontrar uma copia fiel?
Como imitar com perfeição?
Tudo que escrevemos e falamos
é imitação.
Só o silêncio é original.
(Fernando Palma)
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