segunda-feira, 28 de novembro de 2011

...Mãe Desnecessária...
A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária. Antes que alguma mãe, apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso. Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existira, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. Mães – solidárias – criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessárias”, nos tranformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar. (Márcia Neder)
Este texto diz exatamente o que a vida me ensinou a respeito de criar filhos... não é fácil,as vezes dói muito ver nossos filhotinhos crescidos partirem para longe...,mas para ser feliz é preciso andar com as próprias pernas... Liberdade é uma palavra linda,porém rima com a palavra responsabilidade essencial no crescimento humano.
Beijinhos no seu coração!!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Rio e o Oceano


Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo
caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua
frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer
para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece Porque apenas
então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano,
Mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado
é renascimento. Assim somos nós, voltar é impossível na existência.
Você pode ir em frente e se arriscar. Coragem, torne-se oceano!
(desconheço o autor)

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Poema


Dia desses...
na pausa de todo o caos
e do meu viver concreto
li teu poema predileto.
No silêncio em revés
lembrei-me de teus pés
E diante do nada
cerrei meu olhar.


Renúncia...
vício maldito!
Tornei mudo o meu grito
e no dito pelo não dito
sigo acorrentada...
Pelo pranto abafado...
e pela tua risada
hoje calada...


Diante dessa sina
do silêncio vil,
meu olhar quase senil
se refugia... absorto...
E ante ao poema morto
construo outras linhas...
que não são mais tuas
mas tampouco são minhas...


Beijinhos de luz na sua alma!!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

...Canção Exêntrica...


Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
projeto-me num abraço
e gero uma despedida.


Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.


Meu coração de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
--saudosa do que não faço,
--do que faço, arrependida.

(Cecília Meireles)


Beijinhos de luz na sua alma!!!


sábado, 23 de abril de 2011

Gosto...



"Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes…
tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco
que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas,
por que eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim,
por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual,
por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma pra sempre"

(Clarice Lispector)

Beijinhos de luz na sua alma!!!

sábado, 16 de abril de 2011

Nostalgia...


Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.
Eu nunca fui livre na minha vida inteira.
Por dentro eu sempre me persegui.
Eu me tornei intolerável para mim mesma.
Vivo numa dualidade dilacerante.
Eu tenho uma aparente liberdade,
mas estou presa dentro de mim.

(Clarice Lispector)


Beijinhos de luz na sua alma!!!