segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Rio e o Oceano


Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo
caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua
frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer
para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece Porque apenas
então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano,
Mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado
é renascimento. Assim somos nós, voltar é impossível na existência.
Você pode ir em frente e se arriscar. Coragem, torne-se oceano!
(desconheço o autor)

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Poema


Dia desses...
na pausa de todo o caos
e do meu viver concreto
li teu poema predileto.
No silêncio em revés
lembrei-me de teus pés
E diante do nada
cerrei meu olhar.


Renúncia...
vício maldito!
Tornei mudo o meu grito
e no dito pelo não dito
sigo acorrentada...
Pelo pranto abafado...
e pela tua risada
hoje calada...


Diante dessa sina
do silêncio vil,
meu olhar quase senil
se refugia... absorto...
E ante ao poema morto
construo outras linhas...
que não são mais tuas
mas tampouco são minhas...


Beijinhos de luz na sua alma!!!