sexta-feira, 4 de julho de 2008

Estar Contente...


Não, eu não quero ser feliz...
Descobri que a felicidade cansa,
demora demais para ser alcançada,
por isso resolvi ser e estar contente.


Isso mesmo, quero estar contente
com o que conquistei hoje,
mesmo que seja o mesmo de ontem,
não importa, sigo rindo, até de mim mesmo,
de algumas bobagens que falo ou faço,
e isso me deixa livre...


Quero estar contente com a minha família,
ela é preciosa e me motiva na alegria.
Quero estar contente com a minha saúde,
as vezes caio de cama, mas, levanto rápido,
porque enxergo a vida lá na frente,
e lá na frente eu estou curado.


Quero estar contente com esse trabalho,
pois até aparecer outro,
é desse que vou tirar meu sustento.
Quero estar contente com esse dia,
não importa se é chuvoso ou tórrido,
é o dia que Deus meu deu, e por ser"meu",
quero vivê-lo intensamente.


Quero estar contente com esse amor,
esse que vivo hoje, que me satisfaz,
por que sei que somos inconstantes,
e até o amor de hoje,
amanhã pode não ser como antes,
mas hoje, estou contente com esse amor.


Por isso, a felicidade que me desculpe,
mas eu quero mesmo é viver contente,
prefiro perseguir a alegria de hoje
que está a mão,
à felicidade que as vezes parece utopia,
sonho distante que não quero perseguir,
quero apenas estar contente
e seguir adiante...

(Paulo Roberto Gaefke)

Beijinhos no seu coração!!!


sexta-feira, 27 de junho de 2008

Brejo das Almas




Fui em busca de vãs utopias.
Lutei contra moinhos de vento.
Dei murros em ponta de faca.


Quis reter o ultimo raio de sol
Do poente...
E a ultima gota de água
Da chuva...


Guardei vaga-lumes brilhantes
Em redomas translúcidas...
Guardei os girinos do rio
Em aquários de vidro...


Enchi vidros de água
Com giz colorido.
Quis reter suas cores...
Acreditei...que não desbotariam.


Desbotam...


As águas...As roupas no varal...As aquarelas...
Desbotam os olhos...e as fotografias...


Não venci os moinhos de vento...
Tenho as mãos machucadas
Das pontas de faca....


O sol não me deu o seu ultimo raio...
E a chuva negou-me sua última gota...


Vaga-lumes não fizeram brilhar
Minha lanterna mágica...
E os girinos do rio não se tornaram
Peixes coloridos...


Viraram sapos!


Que inda hoje coaxam
No brejo das almas...
Onde mora a saudade...
(Nydia Bonetti)


terça-feira, 3 de junho de 2008

Mãe Desnecessária...



A boa mãe é aquela que vai se tornando
desnecessária com o passar do tempo.
Uma batalha interna hercúlea, confesso.
Quando começo a esmorecer na luta para
controlar a super-mãe que todas temos
dentro de nós, lembro logo da
frase, hoje absolutamente clara. Se eu
fiz o meu trabalho direito, tenho que
me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe, apressada venha
me acusar de desamor, preciso explicar
o que significa isso. Ser “desnecessária”
é não deixar que o amor incondicional
de mãe, que sempre existira, provoque
vício e dependência nos filhos,
como uma droga, a ponto de eles
não conseguirem ser autônomos,
confiantes e independentes.
Prontos para traçar seu rumo,
fazer suas escolhas,
superar suas frustrações
e cometer os próprios erros também.
Mães – solidárias –
criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal
missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessárias”,
nos tranformamos em porto seguro para
quando eles decidirem atracar.

(Márcia Neder)


Encontrei este texto no blog
- Olhando de Frente -
da minha amiga virtual Lúcia,
ele diz exatamente o que aprendi
a respeito de criar filhos...
não é fácil,as vezes dói muito
ver nossos filhotinhos crescidos
partirem para longe...,mas para
ser feliz é preciso andar com
as próprias pernas...
Liberdade é uma palavra linda,porém
rima com a palavra responsabilidade
essencial no crescimento humano.

Beijinhos no coração!!!