quarta-feira, 27 de maio de 2009

Presente de Deus


A liberdade é o mais lindo presente
que Deus deu ao homem,
o que lhe custou mais caro:
a morte de seu filho.
Por amor e para o amor,
Deus quer o homem autenticamente livre.
A maioria dos homens pensa ser livre
quando pode dizer:
"Eu faço o que quero", isto é:
"Não tenho algemas nas mãos,
nenhuma coação física me tolhe,
posso satisfazer todos os meus instintos,
nada nem ninguém me segura."
Essa é a liberdade do animal selvagem,
mas não a do homem,
ainda menos a do Filho de Deus.
Mesmo se você estiver estendido
sobre uma cama completamente paralisado.
Mesmo se você for prisioneiro,
no fundo de uma cela de condenado à morte,
se você quiser,pode continuar livre,
porque sua liberdade de homem
não se situa no nível de seu corpo,
mas no do seu espírito.
Se você quiser ser livre,
é preciso que lute contra si mesmo,
é preciso que você conquiste a "sua" liberdade.
A verdadeira liberdade é a possibilidade
que você tem,uma vez desapegado de tudo
e senhor de si mesmo,
de escolher e seguir sempre o caminho do "BEM"

(M. Quoist)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Amar é Ser Feliz


Quanto mais envelheço,
quanto mais insípidas me parecem
as pequenas satisfações
que a vida me dá,
mais claramente compreendo
onde devo procurar a fonte
das alegrias da vida.


Aprendi que ser amado não é nada,
enquanto amar é tudo.


O dinheiro não é nada,
o poder não é nada.


Vejo tanta gente que tem dinheiro,
poder, e mesmo assim é infeliz.


A beleza não é nada.


Vejo homens e mulheres belos,
infelizes, apesar de sua beleza.


Também a saúde não conta tanto assim.
Cada um tem a saúde que sente.
Há doentes cheios de vontade de viver
e há sadios que definham angustiados
pelo medo de sofrer.


A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar.
Feliz é quem pode amar muito.


Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar incondicionalmente.


Que sua semaninha seja abençoada!!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Quando escrevo...


Quando escrevo
não sei onde chegar.
Percebo o ponto
ao ultrapassa-lo.
O excesso me equilibra.


Reflito-me nos


espaços vazios


entre os poemas.
Nunca nos versos.


Invejo a ausência,
somente o vazio não tem um dono.
O resto é criação de alguém.


Incansável,
procuro pelas palavras
que me inventaram.
Sou órfão de letras.


Desconfio da expressão correta,
do poema exato.
A escrita engana,
inexiste palavra verdadeira.


Como encontrar uma copia fiel?
Como imitar com perfeição?


Tudo que escrevemos e falamos
é imitação.
Só o silêncio é original.



(Fernando Palma)